23.6.10

Feilhaber, menino do Rio


Carioca, 25 anos e torcedor do Botafogo, Benny Feilhaber já mereceu campanha da torcida alvinegra na internet para que o contratassem. O rapaz, que atuou no Hamburgo e agora está no AGF Aarhus, da Dinamarca, é um dos três jogadores judeus no time dos EUA que disputa a Copa do Mundo na África do Sul e toda vez que vem ao Rio joga futebol no Centro Adolfo Bloch, na Barra da Tijuca. 

Benny tinha seis anos quando se mudou para os EUA devido ao trabalho do pai, Alberto, na Petrobras. Aliás, este também é um craque no gramado, garante o avô paterno, Friedrich Feilhaber, engenheiro aposentado que vive no Leblon e é fã de futebol. Ele chegou ao Brasil em 1939, aos 14 anos, e logo virou botafoguense. Encantou-se com o time (que perdeu!) durante um jogo contra o Fluminense, quando era apenas um imigrante recém-vindo de Viena com a mãe e o pai, advogado, fugindo das restrições impostas aos judeus na Áustria.

A família aportara no Rio de passagem para o Paraguai, mas acabou conseguindo o desejado visto para ficar. Friedrich se formou na Escola Nacional de Engenharia em 1947 e atuou principalmente na área de telefonia, além de ter trabalhado por dez anos na Alemanha. Os dois filhos também são engenheiros bem sucedidos e Benny, um dos quatro netos, cursou Engenharia na Califórnia, mas interrompeu a faculdade para se profissionalizar como jogador.

Benny Feilhaber disputou a Copa América de 2007, na Venezuela, depois de ter feito o gol da vitoria de sua seleção sobre o México na final da Copa Ouro no mesmo ano. Também disputou os Jogos Olímpicos de Verão de 2008, com o time sub-23 dos Estados Unidos, em Pequim. Em 2009, esteve na Copa das Confederações, na África do Sul.